Tantos sonhos deixam de nascer
Amanhecem mortos
Nem seus corpos imateriais
Poderemos ver
Toda noite tudo é sempre igual
Olhos nas estrelas
Mas a luz não nos falta e o breu não apaga as nossas idéias
E as cores opacas de tão inexatas acabam por ser as mais belas
As palavras fluem como se viessem com o vento
Escuta apenas o som dos teus passos e teu pensamento
Toda noite tudo é sempre igual
Estrelas nos olhos
É então que as promessas se vão
E voltam os medos
E os nossos segredos
Se mostram em vão
É o mesmo pra dor ou paixão
Se conta nos dedos
Quão poucos enredos
Saíram do chão
Toda noite tudo é tão real
Lágrimas nos olhos