Pesquisar este blog

sábado, 26 de outubro de 2013

Leve

Que seja sempre leve
Não frio, nem pouco, nem quase, nem meio, nem talvez
Nada disso
Apenas intenso, intenso e leve
E que exploda, que arrepie, que doa
Que brote lágrima, que escorra
Sem padrão, sem forma, como estas palavras
E me leve
Para cair no chão, na areia
Acordar na grama, no aperto, no conforto
Na neve
Muitos sejam os bocejos de quem vive pleno
E muita música, e dança, e festa e aconchego
Releve
Não ignore, mas releve
A ponta de medo, o tremor incerto, o nó
A cautela e a falta de cautela
Breve
Já não há mais como ser breve
É que já transbordou, e não teve jeito
Que transborde mais e mais
Que inunde, alague
E nessa inundação, flutue
Flutuemos
Como uma folha seca ou um corpo relaxado no mar
Assim, simples
Leve

2 comentários: